terça-feira, 28 de julho de 2009

02

Estive procurando uma maneira entender-me e até tentei dar a alguém o que nunca fui, não viveria. Pensei o que fazer com o passado, com o abismo que sempre me atraiu de uma maneira a não se entender. Com isso, vivi cada minuto de acordo com o que me era cabível - egoísmo - . Não aprendi nada sobre escrever meu futuro. Conheci o amor, sem e com lágrimas. O coração nem sempre sabe o que diz. Continuei sendo imperfeito. Pensando, eu descobri maneiras de me manter vivo a cada dia.
Do que fui um dia, restaram-me marcas e lembranças, que, apesar de tudo, me ajudaram construir o que fui e o que sou. E ainda aqui.

01

Ando meio com a cabeça cheia.
Perdendo em noites para encontrar
Quem sabe algo que me faça sorrir
me faça pensar, me faça sentir.

Ando meio com a cabeça cheia
Procurando muito menos de algo
Que ninguem jamais soubera medir
Distinguir-se ser tocar ou falar.

Ando meio com a cabeça cheia
encontrando n'outro pior de mim
odiando verdade, amando mentir
falsamente, por aí, a me encontrar.

Ando meio com a cabeça vazia.